Réu por homicídio com dolo eventual, presidente da Cedae cumpriu requisitos para entrar na empresa
Ex-conselheiro da Samarco, Hélio Cabral responde a processo na Justiça Federal por conta da tragédia de Mariana, que matou 19 pessoas em 2015
Paulo Cappelli
RIO – Apesar de responder na Justiça Federal por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, Hélio Cabral cumpriu os requisitos da Cedae para assumir como presidente da estatal na atual gestão do governo estadual. Cabral é réu por supostamente saber dos riscos de vazamento de rejeitos de mineração Samarco, da qual era conselheiro, e, mesmo assim, não tomar providências para evitar a tragédia que matou 19 pessoas em Mariana, Minhas Gerais, em 2015.
De acordo com a Cedae, apesar de responder por homicídio com dolo eventual, Cabral não está condenado e sua nomeação não viola os critérios da empresa para investidura em cargo de direção e presidência. O presidente da Cedae deixou o conselho da Samarco em 2013.
Em janeiro, o jornal “O Dia” informou que Cabral e outras 22 pessoas figuravam na lista de denunciados pelo Ministério Público Federal por conta da tragédia em Mariana.