Somos 54 funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) demitidos pela nova presidência da empresa no dia 15 de março de 2019. Temos entre 25 e 40 anos de experiência na casa e estamos à frente das principais iniciativas e projetos da companhia que atende cerca de 13 milhões de pessoas em 64 municípios do Estado do Rio de Janeiro.�

Com a nossa saída, a Cedae perde não apenas profissionais devotados ao seu ofício como também, a sua memória. Participamos de todos os momentos da companhia nas últimas décadas, fomos treinados para lidar com um maquinário exclusivo e possuímos capacitação para enfrentar os desafios diários que uma empresa do porte da Cedae gera.

A alegação de que era preciso gerar economia eliminando os maiores salários da empresa não se justifica diante do lucro registrado em 2018, de R$ 750 milhões. Se a explicação fosse verdadeira, a companhia teria parado de contratar funcionários extraquadros, muitos sem qualquer qualificação e com salários altos, o que não aconteceu. Também não teria criado um jeton por reunião da diretoria no valor de R$ 1.500.

Somados o nosso tempo de dedicação, são quase dois mil anos de experiência. Não se trata de quanto custa, mas de quanto vale.

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