Jornais alertam para riscos que cercam a Cedae

JORNAIS ALERTAM PARA RISCOS QUE CERCAM A CEDAE

 

Duas colunas de jornais do Rio de Janeiro noticiaram nesta quarta-feira (10/04) notícias preocupantes que envolvem uma possível intenção de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e também a influência que políticos vêm exercendo sobre o dia a dia da empresa. Mesmo tendo declarado reiteradas vezes durante a campanha eleitoral que não pretendia passar a companhia que abastece e cuida do saneamento de 64 municípios fluminenses para as mãos da iniciativa privada, o governador Wilson Witzel tem tido o seu nome cada vez mais envolvido em notas e reportagens sobre este tema.

 

A jornalista Berenice Seara em sua coluna do Jornal Extra chama atenção para o poder do Pastor Everaldo, presidente do PSC, partido de Witzel. Mesmo não exercendo oficialmente um cargo no Governo Estadual, ele seria o responsável pela nomeação de Hélio Cabral para a presidência da Cedae, além de, segundo a nota batizada de Tentáculos, ser o autor da reformulação do conselho e de toda a diretoria.

 

Já o jornalista Cássio Bruno, do Informe do Dia, aborda em na abertura da coluna que a equipe econômica de Witzel teria recebido de um grupo influente de Brasília um aviso de que a crise fiscal do governo do Rio de Janeiro pode se agravar ainda neste primeiro semestre caso a Cedae não seja privatizada. A ideia é que seja apresentada em maio uma proposta de concessão da estatal. “A privatização é determinante nesse processo de reestruturação econômica do Estado”, teria dito o senador e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro.

 

As duas notas reforçam a ideia de que a demissão de 54 funcionários com 25 a 40 anos de experiência da Cedae no último dia 15 de março é parte de um plano para entregar a empresa para a iniciativa privada. Entre os demitidos, 31 são engenheiros considerados os pilares da companhia. Lucrativa após anos de esforços para se recuperar de uma gestão política temerária no início dos anos 2000, a Cedae registrou em 2018 lucro líquido de R$ 750 milhões. Além disso, ela tem conseguido levar investimentos para áreas do estado onde empresa privada nenhuma tem interesse em entrar.

 

 

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